29 dezembro, 2006
CHAMINÉ DESERTA
A
.........................................C
..................................................H
..................................................A
.................................................M
..................................................I
.................................................N
................................................É
A chaminé sem fumaça
é deserta
Racha a paisagem
Acha-me boquiaBERTO
e o deserto semi-seco
sem eco, sem vozes,
onde o verde some, seco,
nos dissemina micoses
e contamina e degrada
onde a verdade do fundo medra
em cada pedra
em cada pegada
A chaminé sem fumaça
apequena-se
vê-se amena
ante a outra ameaça:
A fumaça sem chaminé!
.........................................C
..................................................H
..................................................A
.................................................M
..................................................I
.................................................N
................................................É
A chaminé sem fumaça
é deserta
Racha a paisagem
Acha-me boquiaBERTO
e o deserto semi-seco
sem eco, sem vozes,
onde o verde some, seco,
nos dissemina micoses
e contamina e degrada
onde a verdade do fundo medra
em cada pedra
em cada pegada
A chaminé sem fumaça
apequena-se
vê-se amena
ante a outra ameaça:
A fumaça sem chaminé!
27 dezembro, 2006
TROPEL DE APELOS
19 dezembro, 2006
DECADÊNCIA
15 dezembro, 2006
PELOTA SEM TEMPO
11 dezembro, 2006
AMARELÁGRIMAS
30 novembro, 2006
RÊS, ISTO
27 novembro, 2006
ASAS AZUIS
24 novembro, 2006
FLORBOLETA
19 novembro, 2006
PEÇO
12 novembro, 2006
DAMAS EM CHAMAS
10 novembro, 2006
CORVEJA
Se a cor
acordasse
os cantos
umedecesse os lábios
emudecesse os prantos
tingisse, das sombras, o brim
cingisse o breu teu em mim
o amor, a todos os sábios,
não causaria mais espanto!
08 novembro, 2006
VERMELHORA
07 novembro, 2006
DEGRADÊNCIA
02 novembro, 2006
PESCOÇO DE CRISTAL
31 outubro, 2006
SINTA-SE EM CASA
A casa larga.
Ver a cidade
como meu pátio;
o viaduto histórico,
meu quarto ornado.
Como o sal do meu suor.
Bebo a saliva amanhecida.
Durmo sob o olhar do busto
bronzeado.
Acordo sem sobressaltos
com os saltos passantes,
sempre a caminho,
nunca visitantes.
Descanso em praça
e o "se" me acompanhe:
se eu trabalhasse;
se rogasse ao Cristo;
se eu me banhasse;
se eu não fosse visto;
se não estampasse a face sofrida;
se eu não pedisse ;
se fosse comprar comida;
se eu não existisse
29 outubro, 2006
SURPRESA À SOLTA
Surpresa!
Ela sempre tem pressa
e não confessa
premeditados motivos.
Apossa-se do ritmo
e do movimento
Impasse gera
e impõe suas rédeas
ao próximomento.
Impera
sobre o planejamento.
É velocista
no vai-vém das estratégias.
Balança
sobre o mar das indecisões.
Esboça redesenhos, embaça
colorações
Não há futuro à vista
Não há presente que resista
quando passa
a surpresa!
Ela sempre tem pressa
e não confessa
premeditados motivos.
Apossa-se do ritmo
e do movimento
Impasse gera
e impõe suas rédeas
ao próximomento.
Impera
sobre o planejamento.
É velocista
no vai-vém das estratégias.
Balança
sobre o mar das indecisões.
Esboça redesenhos, embaça
colorações
Não há futuro à vista
Não há presente que resista
quando passa
a surpresa!
24 outubro, 2006
BOCA DO CÉU
22 outubro, 2006
AZULTANTE
17 outubro, 2006
É POUCA PIPOCA
16 outubro, 2006
AVES SÓS
15 outubro, 2006
OLHO SOBRE TELA
Apenas momento
Olho sobre a tela
Jogo sobre ela
Aquele sentimento
Veloz, que atropela,
Se avoluma e toma forma
A voz interior exala, externa
E transpassa a hermética derme
Transcende músculos e ossos
Numa teia de poros-escamas
Num abraço que é chama
Calorosa e fraterna
Texto e Foto/imagem:Roberto Englert;
Escultura em tela de Irene Süffert
veja mais em maketa@terra.com.br
.
11 outubro, 2006
CLAREIRA
Clarificante colorido - colírio-
Em meio a extremas sombras selvagens
Esboço de exuberância luminosa, harmônica
Espaço conquistado às densas folhagens
Desembrenhamento, desclausura crônica
09 outubro, 2006
MONUMENTO AO ABANDONO
Ao poeta sem o filho,
No momento único,
Monumento sem brilho
Brilha, sai de seu sono,
Brinca, descarrega o lúdico,
Entrega sua farda à graça,
Escorrega a dor do abandono
No centro do medo,
No abdômen da praça.
04 outubro, 2006
AFETO QUE AFETA
03 outubro, 2006
RIO AVÔ
01 outubro, 2006
PROSA DOS VENTOS
Todas as direções
Nos apontam
As pontas da rosa
Dos ventos que passam
Indecisos, na busca airosa
Do rumo certo - essa falácia
Inventada, soprada e rebrisada-
Pedindo orientação à rosácea,
Capta o cochicho chorado,
Sorve o sussurro surrado,
Colhe confidências tormentosas
Ouve o uivo, louva a voz,
Salva o silvo, sibilo veloz.
Devolve-lhes o eco louco
Tornado de todas as prosas
29 setembro, 2006
MÃO ESGUIA
28 setembro, 2006
OLHA O ALHO
27 setembro, 2006
TRAÇOS&TROÇOS
SINAIS VITRAIS
Átrios nuancestrais,
Vítreas provocações
Terçam tragicomentários
Para lápides labirínticas,
Pulsam aquarelados
Tintureiros da imaginação.
Insinuosos geometrismos
Ensinam: aos sinos, badalação;
Aos anos, a extrema-unção;
Ao poeta, encantar abismos.
..
.
Gostei de ler o "Encantador de Abismos"
do Antônio Carlos Oppermann Thomé
Ed UniProm, 1999
23 setembro, 2006
19 setembro, 2006
15 setembro, 2006
BANCO ESSA
12 setembro, 2006
SENSÓRIO
11 setembro, 2006
gOLDkNEW
10 setembro, 2006
GULA, LÁ
06 setembro, 2006
DEDOS E PELE
01 setembro, 2006
31 agosto, 2006
NOITE E DIA
Assinar:
Postagens (Atom)