28 julho, 2007

BRILHO-PRÓDIGO


Reflita!
Há tanta coisa bonita
Entre a partida e o destino,
Entre a velhice e o menino.
Há um tanto de inusitado
De impensável, um eito,
Entre a explosão e o calado
Entre a história e a geografia
Um manto de pedra fria
Acolhe um verde penacho
O diferente é aceito
Na constelação de brita
O espanto, no leito, crepita
Entre o romance e o escracho
Há o canto do sol que palpita
Em luz cifrada, em código
Diz: sempre haverá um jeito
No ventre de quem acredita
Que adentre o brilho-pródigo
Do pó entre o chão e o capacho.
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22 julho, 2007

ESCALADA HERÓICA


Nosso herói sabe onde pisa
Nenhum caminho reprisa
à espera que o dia escorra
Na escalada precisa
Ventania é como brisa
Alegria: estar com a cachorra
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20 julho, 2007

DEDO DEDICADO

Dedo mole em noite escura
Tato: engole a partitura
Canta, brinca, dança pura
Cinzel silente: som-escultura
e
Dedilha, diz, dedica a balada
Dividido pela corda, o dedo
Adoenta, cura, intoxica, depura
Exala o feliz, cala o medo,
Perde-se, enquanto procura
Paralisa, quando embala a amada

11 julho, 2007

COMEMORA


Não chores!
Pés no chão, olhos no horizonte,
mantendo erguida a fronte.
Não implores
na via, os melhores condicionantes;
na agrura, o conforto da ponte.
Comemora
cada hora, de espera pelo instante
do agora comungado ao distante.
Não devores
as texturas, as formas diferentes,
os matizes.
Vai, valora
tua postura, norma que faz ambientes
mais felizes!
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09 julho, 2007

SÊ REMOS, RUMOS

Mão e mão,
reunidas buscam ,
miram a clareza no cimo,
narram o rumo;
espalmadas, remam,
à terra vão,
arrumam aos mimos
rimas rotas
rotas românticas
ritmadas ao redor
do coração
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01 julho, 2007

S-O-L-ETRANDO

S
O
L
Entrando,
nutrindo aqui
alimentando a c-o-r lá,
colorindo e fazendo s-o-r-r-i-r,
f-l-o-r-e-s-cendo f-r-u-t-a-do tempero,
implantando o s-e-m-p-r-e, já.
soletrando raios, fachos faceiros,
v-i-d-a mostrando
lúcidas lou-c-u-r-a-s
lúdicas clausuras
por todos os meios, inteiros
s-ignificados, preservando
momentanea-m-e-n-t-e
a p-á-g-i-n-a em preto,
o c-e-r-n-e incandescente
que se reve-l-a-r
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