28 março, 2007

FLOR E SER


SOMOS
...MOSAICOS
.
SOMA DOS ANOS
MAÇO DE SENHAS
SÊMEN DE SONHOS
A VERTER
.
SOMOS
...MOSAICOS
.
RABISCOS DE PLANOS
TRAÇOS E TRILHAS
CAMPOS E CAULES
A CRESCER
.
SOMOS
...MOSAICOS
.
O TODO PINCELADO
ESTADO DA ARTE
DIVINA, SINA
A FLORESCER
A ALVORECER
fotomontagem com desenhos e pinturas de Martin Suffert

17 março, 2007

VERACIDADE




A sujeira e o asseio
O próximo e o distante
O trabalho, o passeio
Indiferente, excitante
O belo e o feio
Onde passo sede, bebo
O que peço, o que recebo
O que vejo, o que creio

Haverá
Veracidade
em não
Ver a cidade
com
Olhos alheios?


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15 março, 2007

AVESUAVE


MIÚDAS MOEDAS



O VALOR
DAS PEQUENAS,
MINÚSCULAS
FORTUNAS,
ME DIZIAS.

SOBRE O BREU,
SOÇOBRO EU,
ANTE O FULGOR
RADIANTE
DAS MÍNIMAS
MICRO-VELAS LUZIDIAS,
VAZA-LUMES SEM ASAS.

MILHARES DE OLHARES
MILAGRUMOSOS
EXCEDIAS
SOBRE O ESPLENDOR
DESSES DIAS

DAS MIÚDAS MOEDAS,
PARA O RICO MILHÃO

DAS ESTRELAS
PARA A CONSTELAÇÃO

DO GESTO MILIMÉTRICO
À EXPLOSÃO DO AMOR

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10 março, 2007

CRIANÇA-PRESENTE


















O futuro
é uma miragem
(nunca se alcança);

O presente, uma criança,
é o futuro de passagem;

O passado
uma lembrança
uma imagem
influente
na nossa esperança
na nossa coragem

!



um ponto exclama!
Convergem
brilhos, alares,
fluxos, fascínios,
verdes, olhares,
fortuitos desígnios
respingos solares
roubando da paisagem
o instante de fama

08 março, 2007

MULHER


Na vida
mesmo os momentos,
compactos,
recheados de espinhos
trazem a esperança na cor
quando há o olhar
da mulher
(afetuoso ou inquisidor)
Não há deserto que resista
quando há o molhar
da mulher
(lacrimoso ou de suor)
e o melhor
há: mar
a amealhar amor
quando há o doce-aliar
o conciliar
da mulher
seja em qual ilha a gente for

07 março, 2007

SAPÃO NOSSO DE CADA DIA








Principia toda estória

Como num passe de mágica

Cospe-se um "Era uma vez..."

(Olha-se para ver se crês)

Não falta passagem trágica

E a busca incessante da glória

Há, por onde passo,

Uma poça, um sapo,

Caso possas beijá-lo

Te aposses do resultado:

O príncipe encantado!

E terás que desposá-lo.

Ele: amará. Ela: paixão

E em meio às eternas crises

Para sempre felizes

Viverão






RUA DA PRAIA




Rua da praia
Tu não tens saia
Nem camelôs

Lá onde a sogra
comeu as sobras
e desmaiou

Não tem vitrines
Não tem ofertas
Liquidação

Líquido excerto
é o suco esperto
de cana e limão

Huuaa da praia
Parece um bocejo
O solfejo do mar

Não dançam sereias
Mas transam baleias
para procriar

Transitam corpos
suaves, suados,
corados e nus,

E o sol invade
é a felicidade
em sombras e luz








01 março, 2007

ÁGATA DE AGOSTO


















Calha é a folha
Gota sem gosto
Vermelho orvalha
Reflexo espalha
Espelha um rosto
Ágata de agosto

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