28 agosto, 2010

GRITOS VERDES


A trilha do domingo, em êxtase, acaba.
O estômago escorrega e sai pela tangente.
Brilha um feixe de gritos verdes.
Um par de lágrimas, que esticam como chiclete, desaba.
O sol rosa-frito, noivo da nuvem, posa indiferente.
A sombra masca a textura da tarde de outono.
Capturo a liberdade do tempo.
Congelo o calor do instante.
Eternizo a energia do momento.
Tudo isso
Agora
Tem dono.

(Texto e imagem: Roberto Englert)
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